quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Diabetes e Pilates: Um incentivador da mudança de hábitos


A Diabetes Mellitus é uma doença metabólica caracterizada pela hiperglicemia resultante de defeitos na produção da insulina (tipo 1) ou resistência à ação da insulina (tipo 2).
A insulina é a responsável por transportar a glicemia (açúcar) que está na corrente sanguínea para dentro das células e, assim, gerar energia para o corpo.  Ela é produzida por uma célula chamada Beta, no pâncreas.
Nos casos de Diabetes tipo 1, o sistema imunológico cria anticorpos que atacam essas células, impedindo a produção de insulina. O indivíduo se torna insulino-dependente.  Não se sabe ainda o porquê desse processo. Nos casos de Diabetes tipo 2, o indivíduo produz insulina normalmente pelas células beta, porém, um transportador interno das células, chamado GLUT 4, não permite que a glicose entre.  Nesse caso, além de muita glicose no sangue, há muita insulina (hiperinsulinemia).
O tratamento para a Diabetes envolve exercícios físicos, reeducação alimentar, apoio psicológico e insulina ou antidiabéticos orais.
Complicações decorrentes da Diabetes
A diabetes pode acarretar outros problemas se não for tratada, como por exemplo:
-Síndrome metabólica;
-Doenças Vasculares (Pé diabético);
-Retinopatia;
-Neuropatia Crônica.

Por que é importante saber se meu cliente tem ou não diabetes para realizar exercícios físicos?
O consumo da glicose aumenta muito durante o trabalho muscular. Os dois hormônios pancreáticos (insulina e glucacon) controlam o fornecimento de energia para os músculos que estão trabalhando. De modo geral, a contração muscular cria mais oportunidades para a glicose entrar nas células musculares.
Porém, se o uso da insulina artificial ou a alimentação não estiver adequada ao horário da atividade física, pode-se obter um efeito rebote, gerando hipoglicemia. Dessa forma, não é aconselhado exercitar-se no pico de ação da insulina.
Recomendações importantes
-Realizar exame médico a cada seis meses;
-Ao passar em consulta, o indivíduo deve informar ao médico qual o horário que pretende fazer exercícios para que a insulina seja adequada ao momento;
-Consultar um nutricionista para indicação de alimentação pré e pós-exercício, evitando assim, quedas de insulina após a aula;
-Evitar aplicação de insulina nas musculaturas que serão mais recrutadas na aula;
-Automonitoração da glicemia antes e depois do exercício;

-Iniciar o trabalho de força com cargas moderadas.
Benefícios do exercício físico para o diabético
Dentre os inúmeros benefícios da atividade física, vamos destacar:
-Aumenta a captação da glicose pelos músculos (diminuindo a glicose no sangue), inclusive após o exercício, no período de repouso;
-Melhora a ação da insulina e de antidiabéticos orais;
-Aumenta a tolerância à glicose;
-Pode reduzir a quantidade diária de insulina artificial para os diabéticos bem controlados;
-Reduz fatores de risco cardiovasculares, triglicérides e colesterol;
-Aumenta o fluxo de sangue muscular e a circulação nos membros inferiores, prevenindo os efeitos da aterosclerose;
-Reduz a perda da massa óssea;
-Melhora a disposição geral e a sensação de bem-estar.

Por que o Pilates pode ser um excelente aliado dos diabéticos?
O Diabetes Mellitus é muito difícil de ser tratado quando comparado a outras condições crônicas, como hipertensão por exemplo. Isso acontece porque seu tratamento evolui à medida que se atinge a mudança do estilo de vida. São mudanças de aspectos alimentares, comportamentais e psicológicos.
O método Pilates, além de contemplar um excelente trabalho de fortalecimento muscular e melhora da postura é, acima de tudo, educativo. É uma atividade moderada, que respeita as individualidades e dá liberdade de movimento estimulando a auto superação. O Pilates, em especial, olha minuciosamente para todas as partes do corpo, inclusive os pés, tão importantes para os diabéticos.
O livro ‘’Retorno à vida através da Contrologia’’, de Joseph Pilates, fala muito sobre hábitos saudáveis no âmbito da saúde geral, do bem estar e da qualidade de vida.  Por isso, cabe também ao instrutor de Pilates transmitir esses conceitos e incentivar a mudança de comportamento.
Viviane Vales
Educadora Física – Especialista em Atividade Física Adaptada e Saúde
Instrutora de Pilates PMA – CPT e Garuda®


quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Mitos sobre o Pilates


O Pilates já faz parte da rotina das academias, que percebem a necessidade de agregar benefícios como postura, equilíbrio e consciência corporal ao programa de treinamento dos clientes. É uma atividade muito recomendada por médicos e fisioterapeutas para a reabilitação e o tratamento de doenças e lesões.
Mas essa popularidade também gera algumas dúvidas e interpretações distorcidas sobre as características e funções dessa prática no corpo. Veja quais são os mitos mais comuns sobre o Pilates e fique atento:
1. Pilates é coisa de mulher

Apesar de a mulherada adorar o Pilates, porque ele ajuda a definir o abdome e fortalecer as pernas, ele não é uma atividade exclusivamente feminina. O método foi criado por um homem, Joseph Pilates, para ajudar soldados a se exercitar nos campos de concentração da Primeira Guerra Mundial. Os exercícios e aparelhos se adaptam a diferentes níveis de condicionamento e pode desafiar muito a musculatura dos homens. O Pilates fortalece os músculos abdominais e ajuda no controle e no equilíbrio do corpo.

2. Pilates e ioga são a mesma coisa

Muitos alunos pensam que o Pilates e a ioga são iguais, pois trabalham com movimentos lentos e exigem concentração e consciência corporal. Mas elas são práticas bem diferentes. A ioga prega a harmonia corporal, mental e espiritual. Seus exercícios promovem a flexibilidade, mas são uma forma de elevação espiritual. O Pilates usa a concentração e o equilíbrio para fortalecer a musculatura e realinhar a postura, prevenindo lesões e preparando para a atividade física.

3. Pilates é muito fácil

Algumas pessoas acreditam que os exercícios são muito fáceis, somente para quem não pratica nenhuma atividade física. Na verdade, o Pilates pode ser mais leve ou mais difícil. Isso vai depender das suas necessidades. Ele pode ser adaptado para diferentes perfis, desde o sedentário até quem frequenta academia todos os dias. O Pilates tem um repertório desafiador até para os atletas mais fortes, que utiliza princípios de equilíbrio e consciência corporal para trabalhar todo o corpo. Ele trabalha a qualidade do movimento, focando na concentração, e não na quantidade ou na velocidade das repetições.

4. Qualquer um pode ensinar Pilates e aprender com DVDs

Para ser instrutor, é preciso ter formação no método Pilates e registro como educador físico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional ou áreas afins. Por isso, fique atento à formação do profissional no estúdio de Pilates que você está interessado. A formação no método também não se baseia em cursos de fim de semana. Para ensinar Pilates, é preciso estudar muito, conhecer a anatomia, as patologias e habilidades do corpo. Para aprender os exercícios, você precisa de um instrutor qualificado. Só depois de um tempo de experiência é que você pode fazer alguns movimentos em casa.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Treinamento Suspenso


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