sábado, 27 de agosto de 2011

Quanto cobrar por uma aula de Pilates?


Uma dúvida de todo o profissional que está começando é o valor a ser cobrado de cada aluno.

Esta é uma questão delicada, que não pode ser respondida tão facilmente. É preciso ser levado em conta muitos fatores, incluindo formação, experiência do profissional, entre outros.

Muitos estúdios e academias recentes estão preferindo separar as aulas de Pilates, fazendo Pilates no solo como uma modalidade, e Pilates com aparelhos outra modalidade.

A verdade é que para um treino completo, é indispensável o uso dos aparelhos.

Depois de ter certa experiência, pode até ser que você dispense a utilização dos aparelhos e consiga fazer a maioria dos exercícios no solo, com acessórios como a Stability Ball, Foam Roller, Flex Band, entre outros.

Mas a utilização dos aparelhos sempre lhe darão um “plus” na prática de Pilates.

Para um instrutor de Pilates nos estados unidos, o preço por aula pode chegar até U$75 dólares.

No Brasil, o preço mensal pode variar de R$200 à R$500 ou mais, sendo que o instrutor fica com 30% deste valor em média.

Vale lembrar que para uma prática assistida com eficiência, o número de alunos por aula deve ser de no máximo três.

Esta é uma média do mercado Brasileiro e não deve ser encarado como um “guia de valores”, cada profissional deve ter a noção de quanto vale seu trabalho.

Pesquisa realizada em junho de 2008

Pilates de mãe para filha


Escolhemos para o artigo de hoje um exemplo da vida cotidiana de mãe e filha para dividir com vocês, o que poderá motivar muita gente a fazer o mesmo.

Grace Miastkowski é instrutora de Pilates e personal trainer e resolveu reservar parte de seu tempo para praticar com sua filha de 7 anos, Lauren.

Ciente de que não poderia ser tão durona quanto é com seus alunos, Grace diz que no começo foi difícil distanciar-se da posição de professora e mãe e deixar que sua filha descobrisse os movimentos por conta própria.

Quando enfim encontrou o equilíbrio entre mãe e professora, Grace conseguiu que as aulas fossem um momento único de cumplicidade entre mãe e filha e de aprendizagem recíproca.

Lauren ensina à mãe coisas novas que ela aprende nas aulinhas de ginastica da escola e Grace ensina à filha a essência do Pilates. Muitas vezes, Lauren diz: “mamãe, mostre-me seus movimentos e eu te mostro os meus!”

Para o momento a duas ficar ainda mais divertido, elas apelidam cada exercício com nomes engraçados. Por exemplo, o termo técnico “side twists” fica mais divertido quando chamado de “beijo de joelhos”.

Enquanto a mãe empenha-se em não ser exageradamente zelosa, ela tem oportunidade de expor a filha a uma atividade saudável e divertida, e ainda divide sua paixão pelo Pilates.

“Você não pode deixar seus filhos dentro de uma bolha, mas deve mostrar o lado de fora e dar a eles a oportunidade de escolha, ensinado-os a escolher bem!”, diz Grace.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Imagem Corporal na Prática do Método Pilates


Respiração – Ato de inspirar e expirar de forma fluida e controlada.

Inspiração – Normalmente no Método Pilates inspiramos o ar pelo nariz. Essa inspiração deve ser prolongada e a mais completa possível, inflando por completo os pulmões (caixa torácica), mantendo a região abdominal sempre baixa e conectada.

Expiração – Já na expiração é normal que a faça pela boca de forma completa e prolongada, quando soltamos o ar, temos o poder de maior contração abdominal onde baixamos as costelas em direção ao umbigo.

Abdômen Dentro / Abdômen Conectado – A idéia que se tem é que o abdômen se contrai de tal forma que o umbigo é empurrado pra baixo contra a lombar. O abdômen se mantém contraído antes mesmo de iniciar o exercício, assim conseguimos melhorar a consciência corporal para atividades cotidianas.

Retroversão – Quando contraímos os glúteos, o púbis se eleva e por conseqüência a região lombar é pressionada contra o solo.

Pélvis Neutra – Acontece quando estamos com a “coluna relaxada” respeitando a curvatura natural da mesma sem compressão “retroversão”. A região sacral se encontra bem apoiada no solo com a lombar ligeiramente fora (+ ou – um dedo de separação do solo).

Coluna em “C” – Alguns exercícios solicitam grande flexão da coluna, desenhando a letra “C” desde a cabeça até o cóccix. É o caso do exercício Half Roll Down no solo.

Alongamento Axial – É quando aumentamos os espaços entre as vértebras de toda a coluna (desde a cabeça até os ísquios). Descomprimindo e crescendo na extensão da coluna como também na flexão. Sempre digo aos alunos que distanciem as costelas do quadril.

Posição Table Top – É a posição em que as pernas se encontram flexionadas (joelhos e quadril á 90º) em relação ao tronco. Joelho sobre o quadril e calcanhar na linha do joelho. Ex. como estivéssemos com as pernas apoiadas sobre uma mesinha.

Autor: Rodrigo Martins (Nanô)

Pilates do Caribe


Fale sobre Turks or Caicus às pessoas e você vai ouvir algo como: “Eu amo essas ilhas!” ou “Onde fica isso?”

No sul das Bahamas, no Caribe, situada numa ilha particular de 1000 hectares quadrados próxima às ilhas caribenhas Turks e Caicos, está o luxuoso complexo turístico Parrot Cay, um super point de férias.

Os turistas- desde viajantes que vêm para passar o dia até as celebridades como Keith Richards e Donna Karan – escolhem o local pela praia maravilhosa, pela comida (incluindo o melhor café da manhã de todos os tempos), pelo famoso Spa e – pasmem! pelas aulas de Pilates diárias ministradas por uma mestra no assunto.

É um pulo de nova York (3 horas de vôo mais 1 hora de van e barco), mas você se sente como se estivesse chegando em outro mundo.

As aulas diárias de Pilates são dadas por Linda Lippin, instrutora top de Pilates, certificada pelo PhysicalMind Institute e Mestre em Reiki, que se mudou para esse paraíso em 2005 com o marido.

As aulas são para poucos alunos de cada vez para que cada um receba a máxima atenção da professora. Lynda tem uma visão minuciosa do grupo, mas seus olhos realmente se voltam para cada um dos praticantes. Em apenas uma hora ela me deu dicas sobre os exercícios que continuo usando, três meses depois…

Se você se interessou pelo lugar ou pelo Programa de Pilates, acesse
www.parrotcay.com.bz e boa viagem!

Fonte: PilatesStyle Magazine.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Dores musculares indicam treino exagerado e sem resultados positivos


Sentir dor após uma aula de Pilates pode significar lesão muscular decorrente de excesso de treino e não ganho de massa como muitos pensam. Segundo a fisioterapeuta e diretora da FisioCiência, Eliane Coutinho, este é um problema recorrente nas academias.

“É cada vez mais freqüente alunos saírem das aulas de Pilates e no dia seguinte se referirem à dor muscular com satisfação, com frases do tipo: “Pilates funciona!”. Parece que ainda estamos na era clássica do fisiculturismo, do ‘no pain no gain’, sem dor sem ganho. Aula com dor significa excesso de treino com sobrecarga muscular que não considera os princípios do Método Pilates que primam por controle e precisão de movimento” alerta.

A especialista explica que a dor muscular de um ou dois dias após uma aula de Pilates é denominada Dor de Ocorrência Tardia (DOT) ou Dor Muscular de Início Retardado (DMIR). Segundo Eliane, estudos mostram que essa dor pós-exercício não está relacionada diretamente com o ganho de massa muscular e por promover uma queda na produção de força e amplitude de movimento, devido ao quadro inflamatório da lesão, pode acarretar uma queda de intensidade e qualidade em um programa de Pilates.

“As lesões musculares que podem ocorrer devido ao excesso de exercícios seguindo a filosofia de dor, reduzem o potencial proliferativo das células satélites, organelas responsáveis pela recuperação e hipertrofia muscular. Ou seja, se doer, os resultados vão demorar mais tempo para aparecer” explica.

A especialista, que também é pós-doutoranda em Pilates na USP/SP, salienta que ganho de massa muscular (hipertrofia) é totalmente possível sem que exista, necessariamente, quadro de dor muscular.

“Por isso, se houver dor após uma aula de Pilates, converse com seu instrutor ou procure academias e estúdios que hipertrofiam sem dor” recomenda.

Fonte:
clicrbs.com.br

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Avaliação isocinética da musculatura envolvida na flexão e extensão do tronco: efeito do método Pilates® (Parte III)

RESULTADOS

A função dos extensores do tronco apresentou aumento em todos parâmetros analisados (pico de torque – 25%, p = 0,0004; trabalho total – 29%, p = 0,0002; potência – 30%, p = 0,0002; quantidade total de trabalho – 21%, p = 0,002) em relação ao período pré-treinamento. Com relação aos músculos flexores, foi detectado discreto aumento para trabalho total (10%, p = 0,0003) e para quantidade total de trabalho (10%, p = 0,002). Analisando a razão flexor:extensor, em todos os parâmetros foi detectada redução significativa em relação aos índices obtidos no pré-treinamento (pico de torque – 24%, p = 0,0001; trabalho total – 23%, p = 0,002; potência – 25%, p = 0,01; quantidade total de trabalho – 14%, p = 0,04).

DISCUSSÃO

O funcionamento da coluna lombar de seres humanos é único. Em outros primatas, observa-se postura curvada para frente sem lordose. A lordose é freqüente em quadrúpedes; entretanto, nesses animais a espinha não funciona sobre força axial, como em seres humanos, que mantêm a postura ereta. O músculo responsável pela manutenção da postura lordódica nos seres humanos é o multífido. A função desse músculo está relacionada à extensão do tronco. Tem sido demonstrado que a função do multífido está prejudicada em pacientes com lombalgia. Por outro lado, a função dos flexores do tronco parece não ser alterada em pacientes com lombalgia, reforçando a maior importância da realização de exercícios para a musculatura extensora. O sedentarismo está diretamente relacionado ao enfraquecimento da musculatura envolvida na extensão do tronco e, conseqüentemente, é considerado fator de risco para a etiologia da lombalgia. Em um recente estudo foi observado que pacientes com lombalgia apresentavam 40% de decréscimo na força de extensores do tronco em relação a indivíduos assintomáticos (grupo controle).

Após o treinamento de força com ênfase nos extensores do tronco por oito semanas, os pacientes apresentaram ganho de 100% na força desses músculos em relação ao início do treinamento. Já no grupo controle o ganho foi de apenas 10% em relação ao valor inicial. Ainda nesse estudo foram realizadas imagens de ressonância magnética na secção transversa do multífido, que demonstraram que em pacientes com lombalgia foi detectada hipertrofia desse músculo após o treinamento. Uma limitação do presente estudo foi a falta do grupo controle, porém, de acordo com estudo conduzido por Mooney et al. ficou comprovado que em indivíduos sedentários (grupo controle) o ganho de força foi insignificante em relação ao marcante aumento observado no grupo treinado. Nossos resultados demonstraram que em todos parâmetros avaliados (pico de torque, 25%; trabalho total, 30%; potência, 30%; e quantidade de trabalho total, 21%), foi constatado aumento significativo no valor pós-treinamento em relação ao valor pré-treinamento.

Outro estudo, também utilizando treinamento de força para músculos extensores do tronco, acompanhou 400 indivíduos que reportavam lombalgia por um ano(26). Após oito semanas de treinamento (duas vezes por semana), 80% dos participantes reportaram atenuação dos sintomas da lombalgia. Após um ano de estudo, houve apenas 11% de reutilização de serviços médicos devido à lombalgia.

Em um estudo de caso, Blum reportou que o método Pilates® foi eficiente no tratamento de uma paciente com escoliose. Nossos resultados demonstraram que o método Pilates® foi eficiente em promover aumento em todos os parâmetros avaliados (pico de torque, trabalho total, potência e quantidade de trabalho total) durante a extensão do tronco em relação ao valor pré-treinamento.

Além disso, também verificamos que esse aumento foi responsável pela queda na relação flexores:extensores em todos os parâmetros avaliados (pico de torque, trabalho total, potência e quantidade de trabalho total), aproximando-a do valor ideal considerado 100 (equilíbrio entre flexores e extensores).

Com relação aos flexores foi detectada melhora discreta no trabalho total e na quantidade de trabalho total. No estudo de Greve et al., ao comparar indivíduos sedentários e treinados, foi constatado que a função dos flexores do tronco (torque, trabalho e potência) era semelhante, indicando que a musculatura flexora do tronco é menos suscetível à falta de treinamento. Através dos nossos resultados podemos constatar que a musculatura envolvida na flexão também foi menos responsiva ao estímulo do método Pilates®. Apesar de existir uma crença de que o reforço da musculatura flexora do tronco (músculos abdominais) é uma prioridade nos programas de exercício e reabilitação da coluna lombar, evidências recentes não confirmam essa hipótese.

Acreditava-se que o aumento da pressão intra-abdominal reduziria a compressão sobre a espinha e os discos intervertebrais, atenuando dessa forma a lombalgia. Entretanto, em uma recente revisão da literatura não foi possível comprovar essa relação entre aumento da pressão intra-abdominal e atenuação da lombalgia. Além disso, a pressão intra-abdominal não é aumentada durante a contração dos músculos abdominais. Também foi observado que o treinamento de força com ênfase sobre essa musculatura não foi eficiente em promover aumento da pressão intra-abdominal.

CONCLUSÃO

Existem evidências convincentes de que a realização de um programa de exercícios com ênfase no fortalecimento da musculatura extensora do tronco restaura a função da coluna lombar e pode prevenir o surgimento da lombalgia. O método Pilates® (nível intermediário- avançado) mostrou-se eficiente para promover aumento do pico de torque, trabalho total, potência e quantidade de trabalho total dos músculos relacionados à extensão do tronco. Esses resultados indicam que esse método de treinamento pode ser utilizado como estratégia para o fortalecimento dessa musculatura, atenuando o desequilíbrio entre a função dos músculos envolvidos na extensão e flexão do tronco.

Autores: Inélia Ester Garcia Garcia Kolyniak, Sonia Maria de Barros Cavalcanti, e Marcelo Saldanha Aoki

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Avaliação isocinética da musculatura envolvida na flexão e extensão do tronco: efeito do método Pilates® (Parte II)


Amostra

Participaram voluntariamente do estudo 20 pessoas (16 mulheres com idade média de 34,06 ± 7,21 anos; 4 homens com idade média de 33,5 ± 6,68 anos) com habilidade para executar os exercícios do nível intermediário-avançado, que completaram, durante 12 semanas, 25 sessões ministradas por um instrutor qualificado.

Os indivíduos selecionados para participar da amostra eram exclusivamente praticantes do método Pilates®, portanto, não realizando nenhum outro tipo de treinamento físico. Também foram selecionados para participar do estudo indivíduos que já teriam passado pelo nível inicial do método Pilates®. Seguindo a resolução específica do Conselho Nacional de Saúde (no 196/96), todos os participantes foram informados detalhadamente sobre os procedimentos utilizados e concordaram em participar de maneira voluntária do estudo, assinando um termo de consentimento informado e proteção da privacidade.

Descrição do método Pilates®

As sessões de treinamento, com duração média de 45 minutos, foram dadas em cinco turmas de quatro participantes por vez, em nível intermediário-avançado, usando-se aparelhos específicos do método: Reformer, Cadilac, Wunda-chair, Electric-chair, Pedi-pull, Barrel, Magic circles, bem como, exercícios sem aparelhos (Mat). A sessão de treinamento iniciou-se no aparelho Reformer, no qual foram realizados os seguintes exercícios: foot work series, the hundred, short spine massage, coordination, rowing III-IV-V-VI, pulling straps I e II, backstroke with reverse, teaser, short box series, long stretch, down stretch, elephant, stomach massage (round, hands back, reach up, twist), tendon stretch, semi-circle, chestexpansion, thigh stretch, arm-circles with variation, corkscrew, leg circles frog, knee stretch series, running, pelvic lift. Entre o exercício rowing e o pulling straps, foi realizado o exercício swan no aparelho Barrel. Subseqüentemente, foram realizados os exercícios sem aparelhos (Mat): single leg stretch, double leg stretch, single straight, double straight, criss cross.

Após os exercícios sem aparelhos (Mat ), foi utilizado o aparelho Wunda-chair com os respectivos exercicícios: pushing down with hands, pull up, balance control front, the table, teaser. Na seqüência foi utilizado o aparelho Cadillac com os respectivos exercícios: leg circle, walking, beats, pull up hanging. A sessão foi finalizada no aparelho Pedi-pull, no qual foi realizado o exercício chest expansion seguido da série de Magic circles.

Os exercícios para alongamento e fortalecimento dos extensores da coluna, realizados sem hiperextensão do tronco, são short box (round, flat side to side e tree); stomach massage (round, hands back, reach up, twist). Posteriormente, são introduzidos no sistema avançado os exercícios: rowing III, IV, V e VI. Já os exercícios introduzidos no sistema intermediário, com hiperextensão do tronco são: pulling straps I e II e swan on the barrel. E finalmente, os exercícios de fortalecimento do power house: stomach masage, short box, teaser, long stretch, realizados no Reformer; série dos abdominais do Mat (single leg stretch, double leg stretch, single straight, double straight, criss cross) e na Wunda-chair, os exercícios: pushing down with hands, pull e teaser.

Avaliação isocinética da função de flexão e extensão do tronco

O método de avaliação isocinética utilizado é objetivo e reprodutível da avaliação muscular. Os indivíduos foram avaliados, antes e após as sessões de treinamento, através do equipamento Cybex® 6000, módulo TFE (Trunk Flexion Extension), de maneira idêntica: com fixação dos mesmos na altura dos membros inferiores, deixando livre, apenas o movimento de flexão e extensão do tronco.

O eixo do movimento é fixado na altura da articulação L5-S1, tendo sido feitas duas repetições isocinéticas concêntricas a 120 graus por segundo em cada avaliação; foi permitido ao indivíduo fazer todo o movimento de que fosse capaz, dentro dos parâmetros mensuráveis do equipamento. A velocidade angular de 120 graus por segundo foi escolhida por ser considerada mais segura para testes de flexão e extensão de coluna. Os parâmetros avaliados foram: pico de torque (máximo de torque atingido na velocidade em que o teste foi realizado, dado em newtons por metro), trabalho total da melhor repetição expresso em joules, potência (indicador do trabalho na unidade do tempo expressa em watts) e quantidade total de trabalho e a relação entre os valores encontrados na flexão e extensão do tronco. Os testes isocinéticos foram realizados no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC-FMUSP.

Autores: Inélia Ester Garcia Garcia Kolyniak, Sonia Maria de Barros Cavalcanti, e Marcelo Saldanha Aoki

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Avaliação isocinética da musculatura envolvida na flexão e extensão do tronco: efeito do método Pilates® (Parte I)


A incapacidade de estabilização da coluna vertebral causada pelo desequilíbrio entre a função dos músculos extensores e flexores do tronco é um forte indício para o desenvolvimento de distúrbios da coluna lombar. Atualmente, existem evidências que sugerem a inclusão de exercícios voltados para o fortalecimento dos músculos envolvidos na flexão e extensão do tronco nos programas de prevenção e reabilitação da dor na região da coluna lombar (lombalgia).

A lombalgia é um dos mais comuns problemas da sociedade moderna, representando grande parcela de gastos na área de saúde pública. Dados epidemiológicos demonstram que, nos Estados Unidos da América, a lombalgia é a causa mais freqüente de incapacidade física para o trabalho em pessoas com menos de 45 anos. Estima-se que o gasto anual relacionado a esse problema (custos médicos e indenizações) ficou em torno de 20 bilhões de dólares durante a década de 90. A previsão para a próxima década é de que esses gastos superem 50 bilhões de dólares. A dificuldade de prevenção e tratamento da lombalgia é devida a sua etiologia ser multifatorial e também devido ao fato de que muitas das suas causas ainda permanecem desconhecidas. Freqüentemente, a lombalgia está associada ao sedentarismo, sendo considerada uma das mais comuns doenças hipocinéticas.

Apesar de evidências teóricas apontarem para a importância da atividade física na prevenção da lombalgia, não existem recomendações específicas para a elaboração de programas de treinamento na prevenção desse problema.

O método Pilates® desenvolvido por Jopeph Pilates no início da década de 1920 tem como base um conceito denominado de contrologia. Segundo Pilates, contrologia é o controle consciente de todos os movimentos musculares do corpo. É a correta utilização e aplicação dos mais importantes princípios das forças que atuam em cada um dos ossos do esqueleto, com o completo conhecimento dos mecanismos funcionais do corpo, e o total entendimento dos princípios de equilíbrio e gravidade aplicados a cada movimento, no estado ativo, em repouso e dormindo. Os exercícios do método Pilates® são, na sua maioria, executados na posição deitada, havendo diminuição dos impactos nas articulações de sustentação do corpo na posição ortostática e, principalmente, na coluna vertebral, permitindo recuperação das estruturas musculares, articulares e ligamentares particularmente da região sacrolombar.

O sistema básico inclui um programa de exercícios que fortalecem a musculatura abdominal e paravertebral, bem como os de flexibilidade da coluna, além de exercícios para o corpo todo.

Já no sistema intermediário-adiantado são introduzidos, gradualmente, exercícios de extensão do tronco, além de outros exercícios para o corpo todo, procurando melhorar a relação de equilíbrio agonista-antagonista. Uma vez que o método Pilates® preconiza a melhoria das relações musculares (agonista e antagonista), o nosso objetivo foi testar o efeito desse método de treinamento sobre o torque isocinético dos extensores e flexores do tronco medido a velocidade angular de 120 graus por segundo.

Autores: Inélia Ester Garcia Garcia Kolyniak, Sonia Maria de Barros Cavalcanti, e Marcelo Saldanha Aoki
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