terça-feira, 13 de julho de 2010

Pilates: Desenvolvimento motor de bebês pequenos para a idade gestacional


Destaco este estudo, como forma de frisar a importância dos estímulos de várias naturezas para o desenvolvimento motor, desde a gestação. Desenvolvimento motor este, no qual o método PILATES também se embasa para a reeducação motora, consciência corporal e postural. Por esse e outros motivos é que obtemos tantos resultados concretos nos vários estudios que ensinam o método de forma correta. Voltamos então a enfatizar a importância do método para as crianças, à quem estimulamos o desenvolvimento e aprendizado motor, até à idade adulta jovem e idososa, à quem trabalhamos a reeducação e manutenção da motricidade para atingir objetivos concretos.

Gestantes hipertensas, fumantes ou desnutridas tem maior probabilidade de dar à luz a um bebê PIG (bebês pequenos para a idade gestacional), geralmente com baixo peso e com grandes chances de ter um desenvolvimento motor prejudicado, sobretudo os expostos a um ambiente familiar desfavorável.
Em um estudo envolvendo 95 bebês, a fisioterapeuta Denise Campos, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), observou que os nascidos PIG demonstraram, nos primeiros meses de vida, diferenças significativas no desenvolvimento motor em relação aos bebês AIG (adequados para a idade gestacional). Ambos os grupos de bebês nasceram a partir da 37 semana, prazo ideal de gestação.

Para avaliar a motricidade dos bebês foi utilizada a escala de Bayley de desenvolvimento infantil, constituída por 48 provas aplicadas durante os 6 primeiros meses de vida dos pesquisados. Os bebês PIG obtiveram pontuações baixas e tiveram baixo desempenho para determinadas provas.

Segundo o estudo, as diferenças mais significativas se deram no segundo e sexto mês de vida dos bebês, parte do período de maior aquisição motora dos bebês. “O fato de se encontrar diferenças não quer dizer que a criança irá continuar nesta mesma escala de dificuldade o resto da vida. Mas, é bom que se observe o desempenho motor deste grupo com maior rigor para que não haja um comprometimento futuro”, relata a fisioterapeuta.

Em outro momento, foi verificado os fatores que poderiam influenciar nessas diferenças entre os bebês AIG e PIG. Para tal, foi aplicado um questionário aos pais dos bebês, afim de obter informações sobre os familiares dos indivíduos. O grupo PIG teve como maioria, mães com baixa escolaridade, que não trabalhavam fora de casa e com baixa renda per capta.
A pesquisadora acredita que as o ambiente em que a criança vive pode afetar seu desenvolvimento. Segundo Denise, um ambiente rico em estímulo ajuda a minimizar os riscos de comprometimento futuro, enquanto um ambiente com pouca estímulo e superproteção, pode contribuir para o atraso no desenvolvimento motor.

Neste sentido, a pesquisa destaca a necessidade de políticas públicas voltadas à orientação dos pais, bem com o a divulgação de estratégias para estimular o desenvolvimento motor desde o nascimento, a fim de prevenir ou minimizar alterações motoras.

Fonte: Profa. Fernanda T. Shimauti (Flexus Pilates)

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