A esclerose múltipla é uma doença neurológica crônica, de causa ainda desconhecida, em que se observa maior incidência em pessoas do sexo feminino. Distúrbios na marcha, na força, dormências, fraqueza muscular, rigidez articular e falta de coordenação motora estão entre os principais sintomas. Em estágios mais graves, a EM pode acarretar episódios de infecção ou insuficiência respiratória, que devem ser tratados com atenção e rapidez para minimizar o desconforto do paciente e coibir uma piora do seu estado geral.
A variedade dos sintomas e os diferentes graus de incapacidade dificultam a elaboração de guias e padronizações para a orientação de exercícios para essa população. No entanto, é certo que a execução de exercícios suaves é recomendada para as pessoas que carregam esta doença.
Estudiosos no assunto recomendam a aplicação de exercícios para desenvolvimento da força muscular. Por isso, o Pilates é tão indicado. A técnica colabora na melhora da coordenação das atividades conscientes e inconscientes. Um dos grandes benefícios é a diminuição da fadiga, mal que também afeta os pacientes com EM.
Os exercícios devem seguir uma lógica crescente de funcionalidade onde, para aqueles com maior déficit motor, sugere-se a aplicação de movimentos passivos, como, alongamentos lentos para os principais grupos musculares. A reeducação diafragmática e da musculatura acessória também entra na lista de benefícios.
Para indivíduos com maior nível de força são indicados alongamentos ativos e exercícios de resistência, com ou sem a ação da gravidade e com número de repetições próximo ao nível da fadiga.
O mais importante é que o paciente deve ter a aprovação médica para realizar os exercícios. Além disso, professor e médico devem estar em constante troca de informações sobre o paciente, pois é o médico que poderá permitir intervenções coerentes ao longo do tempo.
Fonte: Jader Beck, profissional de Pilates.
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