A característica básica da Artrite Reumatóide (AR) ou Doença Reumatóide é o aparecimento do processo inflamatório crônico que causa dano progressivo principalmente no sistema musculoesquelético. Podem ocorrer manifestações extra-articulares como febre, mal-estar, perda de peso, fadiga, acometimento pulmonar e hematológico, entre outros. Esse processo inflamatório crônico no sistema musculosesquelético induz às alterações na composição celular e no perfil da sinóvia, resultando em problemas articulares, ósseos e nas cartilagens. Tem etiologia desconhecida e por isso, diversos estudos têm sido sugeridos para encontrar uma causa definida. As alterações nas imunoglobulinas e no fator reumatóide potencializam o aparecimento dessa doença. O envolvimento poliarticular traz complicações nos movimentos do dia a dia, como resultados de um processo inflamatório da sinóvia.
Os critérios para classificação da AR são:
- Rigidez matinal;
- Edema de tecidos moles de três ou mais áreas articulares;
- Edemas das articulações das mãos ou do punho;
- Edemas simétricos;
- Nódulos reumatóides;
- Presença de fator reumatóide diagnosticado por exame clínico, erosões radiográficas e/ou osteopenia periarticular nas articulações da mão e ou punho. De acordo com a Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, estudos indicam que a prática de Exercícios Físicos (EF) é imprescindível e que por meio dele os pacientes portadores de AR podem melhorar a aptidão aeróbia, a força muscular, a mobilidade articular, a aptidão funcional e até mesmo o humor, sem dano articular significativo ou piora no processo inflamatório. Ainda hoje não existe um protocolo de EF padrão no tratamento da AR. Diversas propostas são apresentadas na literatura especializada e atual que, embora se mostrem divergentes com relação ao tipo de exercício, frequência, duração e intensidade, parecem concordar que os EF, inclusive protocolos de alta intensidade, são seguros para os pacientes e efetivos no tratamento da doença. De acordo com as sugestões dadas acima, o Pilates seria uma excelente opção para esse grupo de indivíduos com AR. Proporciona benefícios como aumento na força do centro, melhora na estabilidade e mobilidade articular, previne dores, ajuda na melhora dos movimentos diários, diminui o impacto nas articulações, melhora de equilíbrio, força e coordenação. Algumas dicas nos exercícios de pilates são sugeridas abaixo:
- Preocupar-se com a tensão das molas, tanto em exercícios para MMSS como para exercícios de MMII;
- Exercícios de Alongamentos, priorizando o bom alinhamento;
- Faça o aluno se movimentar, mobilizar as articulações;
- Evite movimentos excessivos que levem à fadiga;
- Períodos alternados de exercícios físicos e repouso são recomendados; Além das dicas citadas acima, o Pilates proporcionará uma melhora na consciência corporal do indivíduo com AR, que resultará em movimento diários mais eficientes potencializando uma estrutura corporal equilibrada. É importante que o instrutor de Pilates e o próprio aluno identifiquem as melhores posições para execução dos movimentos, evitando complicações futuras e facilitando a inclusão de novos exercícios na programação. Referências 1
Departamento de Saúde,
Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia (UESB)
Jequié BA Brasil
2
Capítulo sobre Artrite Reumatóide. Iêda M. M. Laurindo
3
Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde
ARTRITE REUMATÓIDE E EXERCÍCIO
FÍSICO: RESGATE HISTÓRICO E
CENÁRIO ATUAL
4
Artrite Reumatóide:
Diagnóstico e Tratamento
Elaboração Final: 29 de agosto de 2002
Participantes: Laurindo IMM, Ximenes AC, Lima FAC, Pinheiro
GRC, Batistella LR, Bertolo MB, Alencar P, Xavier
RM, Giorgi RDN, Ciconelli RM, Radominski SC
Autoria: Sociedade Brasileira de Reumatologia
Fonte: www.tudosobrepilates.com.br
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